segunda-feira, 6 de maio de 2013

E o Oscar vai para...

Bons tempos, coisas boas.
Desde que eu me entendo por gente persigo coisas que eu não sabia ao certo se eram para mim ou não.
Eu sempre gostei de esportes, sempre me pegavam cantando sozinha olhando no espelho ou fazendo caras e bocas enquanto lavava a pilha de louça na cozinha. Sempre pensava no grande dia em que eu ia ser descoberta, reconhecida, finalmente alguém se interessaria pelas minhas coisas, pela vida que eu mesma não queria. Olhava no horizonte através do vidro embaçado da janela do ônibus, ao som de trilhas sonoras que me faziam por um momento esquecer que o meu presente era o último presente que eu gostaria de receber. E aó o próximo ponto, a próxima estação, o telefone ou os gritos da minha mãe ao fundo chegavam, e lá se ia toda a minha fantasia.
E o tempo passou. Eu cresci, engordei, meus cabelos não são tão cacheados como antes e minha resistência física diminuiu. Não, não estou dizendo que eu estou velha, estou dizendo que amadureci.
Com a maturidade as filosofias tornam-se em experiências vividas e contadas, os kilinhos a mais são inevitáveis e você entende que beleza não é físico é personalidade e atitude, a total falta de paciência de fingir ser algo que não é pra impressionar aquele cara lindão do outro lado da lanchonete se torna em viver a sua vida e deixar que a sua luz atraia quem realmente consegue discernir calça fluorescente de um belo sorriso branco e original, entre outras constatações.
Infelizmente e Felizmente (em muitos casos), com o tempo surgem algumas constatações:
1. Amo esportes, mas sou ruim em muitos deles;
2. Não nasci para cantar. Apesar de ter uma voz que considero bonita, nasci pra ser instrumento de louvor e adoração no altar;
3. Apesar de me achar fotogênica, não acho que eu vá ser contratada pra ser modelo algum dia, ainda mais a beira dos 30 e passando longe do manequim 36 (que mais parece o tamanho 14 para crianças).
4. Quase nada do que eu planejava aos 15 aconteceu aos 20 e acho difícil acontecer aos 30.
Mesmo assim, conclui que a vida é assim mesmo. A gente tem que sonhar e refinar os nossos sonhos com as experiências vividas. Mesmo em tempos difíceis a gente aprende que pode sempre fazer algo melhorar, e que em tempos futuros o passado fará toda a diferença;
Só sei que eu tenho esperança no melhor que eu posso imaginar. De toda a forma, entendo que Deus tem o melhor pra mim, mesmo que não seja aquilo que eu estou planejando.
Por isso nunca é pouco reforçar:
Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.
Salmos 126:6

Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.
Salmos 126:6
"Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos" Salmo 126:6

sábado, 9 de março de 2013

Cartinhas ao vento: Mosaico

Cartinhas ao vento: Mosaico: Bons tempos, coisas boas. Mais uma madrugada profunda, intensa e cheia de algodões, como um travesseiro que é fofo, mas é difícil de assen...

Mosaico

Bons tempos, coisas boas.
Mais uma madrugada profunda, intensa e cheia de algodões, como um travesseiro que é fofo, mas é difícil de assentar para colocar a cabeça.
Sou dessas que gosta de falar pelas entrelinhas, falando o direto indiretamente, porque dá tempo de me esconder.
É fácil falar de si mesmo, difícil é entender a repercussão de si mesmo nas pessoas. Se é que há alguma.
O fato é que nunca me senti tão viva, tão incerta, tão fora do meu eixo. Tão impotente.
Cavalos marinhos, vento no litoral, passarinhos verdes. Nuvens que parecem mais uma parte de algo poético sem sentido que faz todo o sentido.
Como pode haver algo que faz sentido, sem sequer existir?
Uma coisa que, quando mentalizada dá vontade de cantar, mas que, quando usado o raciocínio, dá medo de que seja apenas uma fábula? É nessa hora que vc se sente só, incompreendido, desprovido de lógica e totalmente perdido num baú de lembranças, peças de xadrez, raios de sol e corredores.
Fico imaginando o porquê das coisas. Porque as coisas simples pra mim são tão complicadas. Porque tudo tem que ser tão nebuloso. Será que é mais complicado porque tenho um jeito complexo de assimilar? Ou pelo simples fato de eu existir? (Penso, logo, complico?)

Levando as coisas de um modo mais simples, os sentimentos fazem com que as pessoas tenham dúvidas sobre si mesmas e sobre as outras pessoas de modo que nos questionamos o porquê de sermos, de existirmos e como poderemos ser. Nunca foi tão difícil entender o outro como hoje. Mas desde os primórdios, nunca foi tão difícil encontrar de primeira a porta certa para a chave que você tem na mão. E quando você avista aquela fechadura, depois de tanto caminhar, depois de tanto tentar abrir portas... você pensa que finalmente a sua jornada vai terminar e você poderá entender o que está guardado do outro lado. Mas nem sempre conseguimos.

sábado, 25 de agosto de 2012

Quando tudo parece acabar...

Diante de todos os acontecimentos do mundo externo (notícias) e interno (família, amigos) não sei de onde, me deu vontade de escrever. Eu sempre me inspiro a escrever quando algum sentimento ruim me acomete. Acho que assim como muitas pessoas, certas situações acontecem para que a gente possa pensar. Porquê? Porque quando estamos felizes, a gente não raciocina. Vou te explicar meu ponto de vista: Quando estamos felizes nos preocupamos em aproveitar o momento, e como o momento é perfeito não queremos que ele mude, se não queremos mudança deixamos as coisas como estão. Não olhamos para os nossos erros e nem para as circunstâncias, se elas não se tornarem fatores limitantes de nossa felicidade. Mas como naquela frase antiga "Não há mal que se perdure, nem bem que dure para sempre" as coisas neste mundo são passageiras e alguma coisa acontece, por alguns motivos: 1. Para que vc possa melhorar como pessoa e passar para um nível mais alto do que o anterior. As dificuldades aprimoram o nosso caráter; 2. Consequências de atitudes mal pensadas, agimos por impulso e choramos as pitangas; 3. A soberana vontade divina. SIM. Eu disse. A vontade de Deus. E mesmo que vc não acredite, ela existe. A grande verdade é que somente paramos para ouvir alguém quando algo não vai bem. Não pensamos quando estamos felizes, não valoriamos quem mais amamos e não paramos para analisar o que temos feito quando fazemos algo que, aparentemente, parece não ter consequências. Nos grandes acontecimentos, nas mais terríveis catástrofes, nas grandes tristezas da vida, buscamos respostas, paramos para ouvir e apreciar a companhia (ou a falta dela) de quem realmente nos ama e calculamos milimetricamente cada passo seguinte, com medo, remorso e receio de se machucar novamente. Mas muitas vezes já é tarde. Muitos de nós já erramos, muitos que amamos já se foram e muitas coisas já nao podem mais ser como antes. E ai/ Como fazemos? Todo o fim é um novo começo, mas cada recomeço exige de nós mais força, disciplina e fé. Devemos mais do que nunca aprender com os erros, com as perdas e as tristezas da vida. Muitos acontecimentos também servem (ouvi isso de uma amiga e líder hoje) para que as pessoas possam refletir sobre suas próprias vidas e para que possam ser pessoas melhores, para que acordem para a vida que estão levando e para que se consertem a tempo. Infelizmente, algumas coisas fogem de nosso entendimento, muitas vezes não merecemos passar por certas coisas, nem conseguimos conceber determinados acontecimentos. É aí que devemos mais do que nunca, olhar para cima e pensar "não compreendo seus caminhos, mas te darei a minha canção". Eu particularmente digo hoje: Deus, obrigada pela minha vida, obrigada por acordar viva hoje, por estar bem e por ver quem amo vivo e bem também. E para aqueles que sofrem, sem entender o porquê, sem saber o que está acontecendo eu te peço, que não dê respostas. Sim, te peço que conceda à eles a tua paz que excede a todo entendimento. Como diz uma música da Marcela Taís: eu não consigo dizer com palavras, mas o meu coração vai te dizer... Fiquem bem, quem quer que esteja numa situação ruim. Meu coração te diz, que eu te entendo. Abraços.

domingo, 17 de junho de 2012

Boba, eu? Claaaro que não!

Noites geladas para vocês.
Estava eu aqui, saboreando o meu jantar às onze da noite e quando dei por mim, comecei a ser levada por pensamentos confusos.
Talvez eu esteja falando para o nada, para o vento gelado da minha janela, mas acho que nenhuma palavra volta vazia.

Fiz uma série de escolhas na minha vida, das quais não me arrependo, pelo contrário. Mas nem sempre a gente vê a mesma atitude das pessoas. Muita gente decide viver e ser do jeito que bem entender...e o mundo que se vire com as consequências. E eu fiz uma escolha diferente: a de servir.
Nem sempre sou agraciada com um obrigada ou recompensada do modo que eu gostaria, e as vezes gostaria de largar tudo e dizer ao mundo que estou pouco me lixando. Bem, infelizmente, ou felizmente, isso não é verdade.

A gente é o que é. E eu não vou mudar porque nasci certas características em mim. Muitos encaram como uma dádiva, outros como maldição. É muito difícil lidar com os meus erros e com as minhas próprias mancadas, com a minha preguiça e com a minha recorrente ânsia de reclamar. Mas estas últimas sei que podem ser mudadas, com o meu constante esforço e determinação. O que eu quero dizer com tudo isso é que mesmo errando, me preocupo com os meus erros e me decepciono quando eu tropeço. E daí sempre vem aquela bendita questão "Porque não ser como os outros? Para quê perder tempo com questões que talvez nunca se resolverão ou atitudes que nunca serão mudadas? A maioria não pensa nisso, para quê continuar? Porque não chutar o balde?"

A questão é que a minha escolha não tem volta. Porque conheço o meu caminho, sei que ele é o verdadeiro e efetivo e que fora dele, nada haverá. É duro para mim às vezes ter a cabeça ligada no 220 V, pensando que eu tenho que melhorar, com as coisas do jeito que estão.

Por mais melancólico ou tedioso que possa parecer, as coisas são assim para muitas pessoas, que como eu, decidiram caminhar pelo que ainda não viram. O mundo é cruel e tenta matar os sonhos da gente, da forma mais inteligente possível, nos fazendo acreditar que aquele desfecho é real e que é exatamente aquilo que vai acontecer.

A única coisa que eu posso dizer, é que, até agora, quando as minhas forças parecem se esvair ou quando estou sem saída, sempre aparece um jeito de me recarregar, renovar as minhas forças. De certa forma me parece um aviso para continuar caminhando contra o vento...
Meu Deus, eu espero mesmo estar no caminho certo, porque não estou entendendo nada...

Bem, enquanto isso, espero que você tenha a certeza no seu coração de que o caminho que está seguindo é o correto.

Boa noite. =)

terça-feira, 5 de junho de 2012

Atolando...

Cumprimentos e saudações,

Todo dia é um novo dia, mesmo parecendo velho e chuvoso.
Mas às vezes a gente tem aquela sensação de ficar patinando na lama: não sai do lugar e continua se sujando. O mais engraçado e curioso disso tudo é que vc sabe que aquele passado que insiste em te condenar já está tão mofado que não faz (e nem deveria fazer) o menor sentido.

Estou falando pra vc, que tem lembranças na sua vida que insistem em permanecer e que, por vezes sente que algo te acusa. Na verdade não são só lembranças, são momentos.
Momentos são diferentes de lembranças, no meu modo de pensar, porque os momentos passados carregam sentimentos daquele instante em especial.

Você já parou para pensar que momentos em geral carregam registros de imagens, cheiros, sons e até palavras que para qualquer outra pessoa possa parecer uma completa baboseira mas que quando são ouvidas por você já bate um sentimento bom ou ruim por dentro? Comigo acontece isso às vezes.
Passei por uma situação crítica na minha vida, onde qualquer nome, cheiro, anúncio de jornal, imagens, filmes e até músicas me deixavam atormentada, chateada, com um sentimento de vergonha e muito triste.

Com o tempo e nossa força de vontade em seguir adiante esses momentos se tornam lembranças. Lembranças, ao meu ver, são os registros "sem cheiro" daqueles antigos momentos. Você sabe que aconteceu com você, mas aquilo não tem mais importância.

Mas e o que a gente faz com aqueles momentos que não querem se tornar lembranças?

Infelizmente, acredito piamente que certas situações devem ser mesmo superadas, entrando para o roll das lembranças. É aquele lance de encarar os seus medos.

Não é uma tarefa fácil. Você precisa sair da zona de conforto e vencer a sua preguiça e não querer mais continuar se escondendo. Mas ou você vence seu medo, ou continua vivendo uma vida tímida com seu casaquinho bege (nada contra bege ok).

Já ouviu a passagem "Faça a sua parte e eu te ajudarei"?
É nisso que consiste. Nem sempre temos a força necessária para seguir adiante, mas a nossa vontade em sair da mesmice nos faz avançar.

Espero de todo o coração que você consiga virar esse jogo e tornar todos os momentos ruins em lembranças que servirão de aprendizado futuro.

Abraços. =)








quarta-feira, 23 de maio de 2012

Vira a página...please?


Olá,

Era uma vez, numa terra não tão distante, muita gente, cada uma com um jeito diferente e uma história para viver e contar.
Para cada momento existia um livrinho, em que iam registrando suas experiências e seus medos. Nesse livrinho tinha de tudo: momentos de felicidade extrema, mas também de extrema tristeza, angústias, medos, vitórias e muitas coisas que foram aprendidas nesse meio tempo. Só que para cada situação, o historiador escrevia com uma cor diferente: vermelha para momentos bons e preta para momentos ruins. O historiador tinha uma mão pesada e a caneta tinha uma tinta bem marcante e escura, então, enquanto ele escrevia, as marcas podiam ser vistas do outro lado da folha.

Assim é a história da nossa vida. Somos nós os historiadores, e temos duas canetas de cores diferentes para contar a nossa história. O nosso livrinho é marcado em ambos os lados das folhas, por situações que vivemos no passado, que não podem ser apagadas. E quando algo ruim acontece conosco não conseguimos esquecer que aquilo aconteceu...a única opção que temos é virar a página e começarmos uma folha nova.

Mas tem livrinhos e livrinhos. Tem uns que a gente consegue virar a página fácil, fácil. Outros tem aquelas folhas grossas, onde vc precisa dobrar bem a folha ou colocar um peso de papel para conseguir escrever do outro lado e até virá-la. Assim são as situações ruins da nossa vida, que, de tão traumáticas, fica difícil esquecê-las e seguir adiante.

Mas como resolver isso?

Para cada livrinho existe uma técnica de escrita. Para cada pessoa existe uma solução e uma estratégia para solucionar os problemas. Para poder escrever confortavelmente precisamos nos adaptar ao nosso livrinho. Em como ele foi confeccionado, se ele tem capa dura ou é brochura, se as folhas são finas ou grossas. Entendendo o tipo de caderno, basta treinar a escrita e manusear o caderno de modo que as páginas também fiquem maleáveis.

Muitas vezes ficamos sem saber o que fazer com a nossa vida, porque ela parece complicada demais e a dos outros, menos.
A diferença entre a minha e a sua vida, e porque a minha dá certo em algo e a sua não (ou vice-versa) é a capacidade que temos de manuseá-la, fazer as nossas escolhas, “virar as páginas do livrinho”. Entenda que um caderno brochura neste caso não é menos importante do que um livro capa dura, pois é o conteúdo que importa.

Então resta saber qual é a técnica que irá efetivamente deixar a escrita mais fácil. E o quanto de força devemos fazer para a página seja virada. Nem sempre mais é melhor, afinal, ninguém quer a página do seu livrinho rasgada, né?

Então, bom historiador, desejo boa sorte para você. Vire a página quantas vezes quiser, á qualquer ponto, e aproveite o melhor do seu livrinho, enquanto o tiver em suas mãos.

Abraços.